segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

OS MELHORES SAMBAS !!


1) Seja sambista também - Fundo de Quintal
2) Parceria - João Nogueira e P. C. Pinheiro
3) Profissão cantora - Alcione
4) Nação - Clara Nunes
5) Alegria do povo (?) - Roberto Ribeiro
6) Memórias cantando - Paulinho da Viola
7) Deixa Clarear - Zeca Pagodinho
8) Chico Buarque da Mangueira - Vários
9) Ao vivo - Tereza Cristina
10) Bebadosamba - Paulinho da Viola
11) Wilson, Geraldo e Noel - João Nogueira
12) É aí que quebra a rocha - Fundo de Quintal
13) De pé no chão - Beth Carvalho
14) O lamento do samba - P. C. Pinheiro
15) Cartola - o dele e D. Zica na janela
16) Cartola - o da foto P& B
17) Não deixe o samba morrer - Alcione
18) Zumbido - Paulinho da Viola
19) No tom da Mangueira - Vários
20) Celebração - Alcione


01) Axé (Candeia)
02) Terreiro Grande (João de Aquino)
03) Elza, Miltinho e Samba (Elza Soares e Miltinho)
04) O Lamento do Samba (Paulo César Pinheiro)
05) O Som Sagrado de Wilson das Neves(Wilson das Neves)
06) Tendinha (Martinho da Vila)
07) Negro Mesmo (Nei Lopes)
08) Wilson, Geraldo e Noel (João Nogueira)
09) Prato e Faca (Cristina Buarque)
10) Zumbido (Paulinho da Viola)
11) Homenagem a Paulo da Portela (Velha Guarda da Portela)
12) Cartola (1976) (Cartola)
13) Partido em 5 (Vol 1) (Candeia, Casquinha, Wilson Moreira, Velha e
outros)
14) Geraldo Pereira -Evocação V (Vários intérpretes)
15) Uma História do Samba (Monarco)
16) Natural do Rio de Janeiro - Sobre a Obra de Zé Keti (Zé Renato)
17) Na Galeria (Moacyr Luz)
18) Samba é no Fundo do Quintal (Vol 1) (Grupo Fundo de Quintal) (1980)
19) Portela Passado de Glória (Velha Guarda da Portela)
20) Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro (Ao
Vivo)
(1968)

Samba e História do Samba

Origens do Samba, Significado, História do Samba e Principais Sambistas

O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho. Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente.

As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.
O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, no ano de 1917, cantado por Bahiano. A letra deste samba foi escrita por Mauro de Almeida e Donga .
Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil. Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva e Heitor dos Prazeres .
Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil, passam a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e compositores desta época são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze.
Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc.
Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo Alves, Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo.

Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pois tem origem no maxixe.
Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta elementos culturais afro-brasileiros. Com palmas e cantos, os dançarinos dançam dentro de uma roda. O som fica por conta de um conjunto musical, que utiliza viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.
No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as letras falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma amena e muitas vezes com humor.
Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças. Com influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.

Principais tipos de samba:

Samba-enredo
Surge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas sociais ou culturais. Ele que define toda a coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba.

Samba de partido alto
Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido alto mais conhecidos são: Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.

Pagode
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e ganhou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas. Os principais grupos são : Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular.

Samba-canção
Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Exemplo: Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto.

Samba carnavalesco
Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. exemplos : Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina, Cidade Maravilhosa entre outras.

Samba-exaltação
Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.

Samba de breque
Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários, muitos deles em tom crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo é Moreira da Silva .

Samba de gafieira
Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra. Rápido e muito forte na parte instrumental, é muito usado nas danças de salão.

Sambalanço
Surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz.. Um dos mais significativos representantes do sambalanço é Jorge Ben Jor, que mistura também elementos de outros estilos.

Dia Nacional do Samba

- Comemora-se em 2 de dezembro o Dia Nacional do Samba.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Samba ou Pagode?



Caros bambas, até hoje ainda existe a disputa constante entre os pesquisadores musicais e sambistas do que diferenciaria o estilo Samba do estilo Pagode. Uns acham que é os arranjos das músicas, outros acham que é as letras, outros acham que é quem interpreta ou compõe.

Esse assunto é muito polêmico, na verdade em minha opinião (pensamento atual, pois antigamente não pensava assim) o que diferencia é a nossa cabeça, é o quão fomos criados no mundo musical, o que existe é um samba mais conservador, entoados pelos antigos sambistas como: Cartola, Noel, Nelson Cavaquinho e etc, e o samba moderno que é cantado por outros artistas, claro que algumas pessoas usam o samba, que é mais que um ritmo e sim um modo de viver, para ganhar dinheiro alterando a sua essência principal.

No início achava que só quem cantava samba de verdade eram os artistas que minha mente indicava como sambistas e não pagodeiros, mas não é bem assim, hoje vimos constantemente a mesma música cantada pelo Arlindo Cruz e Exaltasamba, Zeca "PAGODINHO" e Revelação e etc.

Sempre digo que isso é uma questão apenas de nomeclatura para um ritmo!

O que realmente é válido, somos ouvintes termos a condição de decidir (sem excluir a opinião alheia) o que é bom e ruim, nós é quem decidimos o que escutar, sempre digo que existem músicas do Cartola ruins e músicas do Bokaloca boas, não, eu forcei! Sempre digo que existem músicas do Fundo de Quintal ruins e músicas do Exaltasamba boas, depende de nós entendermos o que é bom e ruim para nossos ouvidos.

SE EXISTE DIFERENÇA DE SAMBA E PAGODE EU NÃO SEI, SE EXISTE ESSES DOIS ESTILOS EU NÃO SEI, SÓ SEI QUE EXISTE MÚSICA BOA E MÚSICA RUIM PARA O QUE EU CONSIDERO COMO TAL.

Com samba na rua, projeto contribui para revitalização do centro


Projeto Rua do Samba Paulista completará cinco anos em novembro.
“Mesmo com chuva”, reúne até 3 mil amantes do samba no Largo General Osório, na Luz.

Foto: Marcelo Mora
T.Kaçula puxa o samba na tarde de sábado (27) no Largo General Osório, na região da Luz, centro de São Paulo. (Foto: Marcelo Mora/G1)

– no Largo General Osório, na região da Luz, centro de São Paulo, vai completar cinco anos. É o Projeto Rua do Samba Paulista, que teve início em novembro de 2002 e acontece em todos os últimos sábados de cada mês, menos em dezembro.

O objetivo do projeto é ajudar na revitalização da região que ficou estigmatizada como reduto de traficantes e drogados, tanto que foi apelidada de Cracolândia. “Revitalização se faz com gente, e samba se faz na rua, não em lugar fechado”, afirmou Édson Roberto de Jesus, um dos organizadores do evento. “Só os órgãos públicos não vêem deste jeito, senão contribuiriam mais para a realização do evento”, completou.

A idéia principal é recuperar a tradição das rodas de samba de bairros e escolas de samba. No palco armado sob uma tenda no Largo General Osório, os músicos se reúnem em uma roda e tocam das 14h às 20h. Os sambistas vão chegando aos poucos e substituindo os que estão no palco.

“Na realidade não é um show. É uma roda de samba mesmo. O pessoal chega e fala com a gente que quer tocar um determinado instrumento. A gente faz esta coordenação. Pede para a pessoa tocar um pouco e daí vamos fazendo as trocas”, explicou Roberto de Oliveira, que também contribui na organização.


Referências do samba

Foto: Marcelo Mora/G1
Rolaine abre o sorriso na Rua do Samba Paulista: ambiente familiar e "de uma paz muito grande". (Foto: Marcelo Mora/G1)

Puxando o samba nas primeiras horas, Tadeu Augusto Matheus, mais conhecido como T.Kaçula, do projeto Cultural Samba Autêntico. Participam do evento vários convidados a cada dia. Neste sábado (27), por exemplo, subiram no palco o grupo o Samba Nosso de Todo Dia, que toca na Vai Vai todas as noites de terça-feira, e a escola de samba Estrela Dalva, a mais antiga de Campinas.

“A intenção é trazer referências do samba não apenas da capital, mas de todo o estado. Trazemos o pessoal do Samba da Lage, Samba do Cafofo, do projeto Nosso Samba, de Osasco. Afinal, em São Paulo o samba nasce na rua, como no Largo do Peixe, na Vila Matilde (Penha, Zona Leste da capital)”, disse Édson de Jesus.

Samba com os amigos

Foto: Marcelo Mora
Mai Vied (de vermelho), um descendente de vietnamita com samba no pé, com os amigos na Rua do Samba Paulista. (Foto: Marcelo Mora/G1)

A festa atrai amantes do samba de todos os lugares da capital. As amigas Rosemary, Rolaine e Jucimara aprovaram o ambiente familiar da Rua do Samba Paulista. “É um espaço maravilhoso para trazer a família, amigos. Aqui não tem cracolândia, tem uma paz muito grande”, diz Rosemary.

E a animação é tanta que nem descendente de vietnamita consegue ficar parado. “Meu pai é do Vietnã, mas nasci em São Paulo. Fiquei sabendo deste samba pelos amigos. Vim no mês passado e gostei tanto que voltei neste mês”, disse Mai Vied, de 20 anos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Axé (gênero musical)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Portal Bahia.svgA Wikipédia possui o Portal da Bahia. Artigos sobre história, cultura, personalidades e geografia.
O álbum O Canto da Cidade deDaniela Mercury (foto) é considerado o responsável por levar o axé ao público brasileiro.
Ivete Sangalo é uma das cantoras de maior sucesso da música brasileira atualmente.
Claudia Leitte, ex-vocalista da banda Babado Novo, é uma das principais cantoras de axé atualmente.

O Axé é um gênero musical surgido no estado da Bahia na década de 1980, durante as manifestações populares do carnaval de Salvador,que mistura Frevo pernambucano, forró, Maracatu,Reggae e Calipso, que é derivado do Reggae.

No entanto, o termo Axé Music é utilizado erroneamente para designar todos os ritmos de raízes africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que provém da Bahia. Sabe-se hoje, que nem toda música baiana é Axé, pois lá há o Olodum, um ritmo da África do Sul, Samba de Roda e Pagodeproduzidos por algumas bandas, Calipso (gênero muscial), proveniente do Pará e Samba-reggae, uma novidade.

A palavra "axé" é uma saudação religiosa usada no candomblé e na umbanda, que significa energia positiva. Expressão corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi anexada à palavra da língua inglesamusic pelo jornalista Hagamenon Brito para formar um termo que designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais.

Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou pelo país todo (com a realização de carnavais fora de época, as micaretas), e fortaleceu-se como indústria, produzindo sucessos durante todo o ano.

[editar]Guitarras elétricas

As origens do axé estão na década de 1950, quando Dodô e Osmar começam a tocar o frevopernambucano em rudimentares guitarras elétricas (batizadas de guitarras baianas) em cima de uma Fobica (um Ford 1929). Nascia o trio elétrico, atração do carnaval baiano que Caetano Veloso chamou a atenção em 1968 na canção "Atrás do Trio Elétrico". Mais tarde, Moraes Moreira, dos Novos Baianos, teria a ideia de subir num trio (que era apenas instrumental) para cantar – foi o marco zero da axé music. Paralelamente ao movimento dos trios, aconteceu o da proliferação dos blocos-afro: Filhos de Gandhi (do qual Gilberto Gil faz parte), Badauê, Ilê Aiyê, Muzenza, Araketu e Olodum. Eles tocavam ritmos africanos como o ijexá, brasileiros como o maracatu e o samba (os instrumentos eram os das escolas de samba do Rio) e caribenhos como o merengue.

Com a cadência e as letras das canções de Bob Marley nos ouvidos, o Olodum criou um ritmo próprio que misturava Axé, Música Latina, Reggae e também Música Africana, estilo com forte caráter de afirmação da negritude, que fez sucesso em Salvador dos anos de 1980 com artistas como Lazzo, Tonho Matéria,Gerônimo e a Banda Reflexus – as canções chegavam ao Sudeste em discos na bagagem dos que lá passavam férias. Logo, Luiz Caldas (do trio Tapajós) e Paulinho Camafeu tiveram a ideia de juntar o frevo elétrico dos trios e o ijexá. Surgiu assim o "Deboche", que rendeu em 1986 o primeiro sucesso nacional daquela cena musical de Salvador: "Fricote", gravado por Caldas. A modernidade das guitarras se encontrava com a tradição dos tambores em mistura de alta octanagem.

Uma nova geração de estrelas aparecia para o Brasil: Lazzo, Banda Reflexus (do sucesso Madagascar Olodum), Sarajane, Cid Guerreiro (do Ilariê, gravado por Xuxa), Chiclete com Banana (que vinha de uma tradição de bandas de baile, blocos-afro e trios elétricos), Banda Cheiro de Amor (com Márcia Freire eMargareth Menezes, a primeira a engatilhar carreira internacional, com a bênção do líder da banda americana de rock Talking Heads, David Byrne). Pouco tempo depois, o Olodum estaria sendo convidado pelo cantor e compositor americano Paul Simon para gravar participação no disco The Rhythm of The Saints.

[editar]Guinada para o frevo e pop rock

Aquela nova música baiana avançaria mais ainda na direção do pop em 1992, quando o Araketu resolveu injetar eletrônica nos tambores, e o resultado foi o disco Araketu, gravado pelo selo inglês independente Seven Gates, e lançado apenas na Europa. No mesmo ano, Daniela Mercury lançaria O Canto da Cidade, e o Brasil se renderia de vez ao axé. Aberta a porta, vieram Asa de Águia, Banda Eva (que nasceu do Bloco Eva e revelou Ivete Sangalo), Banda Mel (que depois assinaria como Bamdamel), Banda Cheiro de Amor, Ricardo Chaves e tantos outros nomes. A explosão comercial do axé passou longe da unanimidade.Dorival Caymmi reprovou suas qualidades artísticas, Caetano Veloso as endossou. Das tentativas de incorporar o repertório das bandas de pop rock, nasceu a marcha-frevo, que transformou sucessos como Eva (Rádio Táxi) e Me Chama (Lobão) em mais combustível para a folia.

Enquanto o axé se fortalecia comercialmente, alguns nomes buscavam alternativas criativas para a música baiana. O mais significativo deles foi a Timbalada, grupo de percussionistas e vocalistas liderado porCarlinhos Brown (cuja música "Meia Lua Inteira" tinha estourado na voz de Caetano), que veio com a proposta de resgatar o som dos timbaus, que há muito tempo estavam restritos à percussão dos terreiros de Candomblé. Paralelamente à Timbalada, Brown lançou dois discos solos –Alfagamabetizado (1996) e Omelete Man (1998), que com sua autoral incorporação de várias tendências do pop e da MPB à música baiana, obteve grande reconhecimento no exterior. Além disso, ele desenvolveu um trabalho social e cultural de alta relevância entre a população da comunidade carente do Candeal, com a criação do espaço cultural Candyall Guetho Square, o grupo de percussão Lactomia (para formar uma nova geração de instrumentistas) e a escola de música Paracatum.

Enquanto isso, os nomes de sucesso da música baiana multiplicavam-se: aos então conhecidos Banda Eva, Bamdamel, Araketu (que em1994 vendeu 200 mil cópias do disco Araketu Bom Demais), Chiclete com Banana e Cheiro de Amor, juntaram-se o ex-Beijo Netinho e os grupos Jammil e Uma Noites, Pimenta N´Ativa e Bragadá.

[editar]Declínio e surgimento do samba reggae

Depois da década de 1990 a intitulada Axé Music perdeu forças para música internacional. Desta forma, os gêneros musicais brasileiros, até mesmo o pagode, saíram do sucesso máximo nas rádios, bares, restaurantes e clubes.

Os ritmos que compõem o movimento mercadológico da Axé Music continuam a existir, mas os lançamentos dos mais famosos artistas de Axé estão com poucas vendagens de discos e gravagens repetitivas. Paralelamente, surgiu uma nova manifestação musical no estado da Bahia que trouxe o samba de volta à música baiana, mas agora não na forma de samba-de-roda, mas uma mistura entre o samba, às vezespagode, aliada à melodia reggae das músicas latinas e a presença do carácter de negritude com os atabaques na música. O samba-reggae, como é chamado por artistas famosos, apesar de ter origem na Bahia, não é considerado Axé e sim um estilo da Música Popular Brasileiraindependente e inovador.