sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Samba ou Pagode?



Caros bambas, até hoje ainda existe a disputa constante entre os pesquisadores musicais e sambistas do que diferenciaria o estilo Samba do estilo Pagode. Uns acham que é os arranjos das músicas, outros acham que é as letras, outros acham que é quem interpreta ou compõe.

Esse assunto é muito polêmico, na verdade em minha opinião (pensamento atual, pois antigamente não pensava assim) o que diferencia é a nossa cabeça, é o quão fomos criados no mundo musical, o que existe é um samba mais conservador, entoados pelos antigos sambistas como: Cartola, Noel, Nelson Cavaquinho e etc, e o samba moderno que é cantado por outros artistas, claro que algumas pessoas usam o samba, que é mais que um ritmo e sim um modo de viver, para ganhar dinheiro alterando a sua essência principal.

No início achava que só quem cantava samba de verdade eram os artistas que minha mente indicava como sambistas e não pagodeiros, mas não é bem assim, hoje vimos constantemente a mesma música cantada pelo Arlindo Cruz e Exaltasamba, Zeca "PAGODINHO" e Revelação e etc.

Sempre digo que isso é uma questão apenas de nomeclatura para um ritmo!

O que realmente é válido, somos ouvintes termos a condição de decidir (sem excluir a opinião alheia) o que é bom e ruim, nós é quem decidimos o que escutar, sempre digo que existem músicas do Cartola ruins e músicas do Bokaloca boas, não, eu forcei! Sempre digo que existem músicas do Fundo de Quintal ruins e músicas do Exaltasamba boas, depende de nós entendermos o que é bom e ruim para nossos ouvidos.

SE EXISTE DIFERENÇA DE SAMBA E PAGODE EU NÃO SEI, SE EXISTE ESSES DOIS ESTILOS EU NÃO SEI, SÓ SEI QUE EXISTE MÚSICA BOA E MÚSICA RUIM PARA O QUE EU CONSIDERO COMO TAL.

Com samba na rua, projeto contribui para revitalização do centro


Projeto Rua do Samba Paulista completará cinco anos em novembro.
“Mesmo com chuva”, reúne até 3 mil amantes do samba no Largo General Osório, na Luz.

Foto: Marcelo Mora
T.Kaçula puxa o samba na tarde de sábado (27) no Largo General Osório, na região da Luz, centro de São Paulo. (Foto: Marcelo Mora/G1)

– no Largo General Osório, na região da Luz, centro de São Paulo, vai completar cinco anos. É o Projeto Rua do Samba Paulista, que teve início em novembro de 2002 e acontece em todos os últimos sábados de cada mês, menos em dezembro.

O objetivo do projeto é ajudar na revitalização da região que ficou estigmatizada como reduto de traficantes e drogados, tanto que foi apelidada de Cracolândia. “Revitalização se faz com gente, e samba se faz na rua, não em lugar fechado”, afirmou Édson Roberto de Jesus, um dos organizadores do evento. “Só os órgãos públicos não vêem deste jeito, senão contribuiriam mais para a realização do evento”, completou.

A idéia principal é recuperar a tradição das rodas de samba de bairros e escolas de samba. No palco armado sob uma tenda no Largo General Osório, os músicos se reúnem em uma roda e tocam das 14h às 20h. Os sambistas vão chegando aos poucos e substituindo os que estão no palco.

“Na realidade não é um show. É uma roda de samba mesmo. O pessoal chega e fala com a gente que quer tocar um determinado instrumento. A gente faz esta coordenação. Pede para a pessoa tocar um pouco e daí vamos fazendo as trocas”, explicou Roberto de Oliveira, que também contribui na organização.


Referências do samba

Foto: Marcelo Mora/G1
Rolaine abre o sorriso na Rua do Samba Paulista: ambiente familiar e "de uma paz muito grande". (Foto: Marcelo Mora/G1)

Puxando o samba nas primeiras horas, Tadeu Augusto Matheus, mais conhecido como T.Kaçula, do projeto Cultural Samba Autêntico. Participam do evento vários convidados a cada dia. Neste sábado (27), por exemplo, subiram no palco o grupo o Samba Nosso de Todo Dia, que toca na Vai Vai todas as noites de terça-feira, e a escola de samba Estrela Dalva, a mais antiga de Campinas.

“A intenção é trazer referências do samba não apenas da capital, mas de todo o estado. Trazemos o pessoal do Samba da Lage, Samba do Cafofo, do projeto Nosso Samba, de Osasco. Afinal, em São Paulo o samba nasce na rua, como no Largo do Peixe, na Vila Matilde (Penha, Zona Leste da capital)”, disse Édson de Jesus.

Samba com os amigos

Foto: Marcelo Mora
Mai Vied (de vermelho), um descendente de vietnamita com samba no pé, com os amigos na Rua do Samba Paulista. (Foto: Marcelo Mora/G1)

A festa atrai amantes do samba de todos os lugares da capital. As amigas Rosemary, Rolaine e Jucimara aprovaram o ambiente familiar da Rua do Samba Paulista. “É um espaço maravilhoso para trazer a família, amigos. Aqui não tem cracolândia, tem uma paz muito grande”, diz Rosemary.

E a animação é tanta que nem descendente de vietnamita consegue ficar parado. “Meu pai é do Vietnã, mas nasci em São Paulo. Fiquei sabendo deste samba pelos amigos. Vim no mês passado e gostei tanto que voltei neste mês”, disse Mai Vied, de 20 anos.