quarta-feira, 3 de junho de 2009

Daniela Mercury Site Oficial - Clique na foto para voltar!

 




Daniela Mercury entrou majestosa em seu camarote, às 23h40, da sexta-feira (20), em um longo de renda branca com gola imponente assinado pela estilista Martha Medeiros. Logo, brindou com seus convidados. ''Vim dar um beijo nos meus amigos, mas a casa está tão cheia que resolvi pegar logo o microfone e falar com todo mundo. O camarote está lindo! Muito prazer, sorte, axé e, como se diz na Bahia: ajaiô! Bem-vindos à minha casa, à casa deContigo!''. Foi o pontapé inicial para a folia noturna no Camarote Contigo! Daniela Mercury, o mais animado do circuito Barra-Ondina. Na tarde de quarta-feira, a cantora já havia aberto a folia para as crianças.

Logo após a saudação, a cantora iniciou seu pocket show cantando o reggae Sol do Sul, animando os convidados - entre eles os atores Juliana Paes, 29 e Cauã Reymond, 28, e a escritora americana Camille Paglia, 61. Durante a apresentação, Daniela recebeu o músico angolano Yuri da Cunha, com quem requebrou muito. Empolgada pelo ritmo africano, a cantora chamou a filha, Giovanna, para dançar o tchuco com Yuri, rebolando até o chão. ''É minha pretinha'', disse a cantora.

Viva a majestade!
Após encerrar o show e cumprimentar alguns amigos, como a promoter Licia Fabio, 60, ela correu até a varanda para ouvir a homenagem do trio de Mariene de Castro e Roberto Mendes que passava em frente ao camarote. Eles tocaram Preta. Aos gritos, foi saudada: ''Rainha, rainha, rainha''. Depois, prometeu: ''Amanhã, estarei aí fora''.

Daniela cumpriu a promessa no dia seguinte, quando comandou seu trio pelas ruas de Salvador, com uma novidade: a parceria do Camarote Contigo! Daniela Mercury se estendeu para a passagem do trio independente, quando a pipoca é gratuita, na celebração de seus 10 anos. ''No maior Carnaval do mundo, a gente coloca um trio na rua de presente para o povo. Essa é a minha maior felicidade! Quero mandar um beijo aos patrocinadores, a Licia Fabio e aContigo!, que ajudaram a tornar esse sonho realidade. É a pipoca da rainha, é o trio eletrônico, é o trio de Contigo!'', festejou Daniela, logo ao subir ao palco com um vestido dourado em homenagem a Carmen Miranda - curtíssimo na frente e longo atrás, com uma saia cheia de babados.

Ao chegar em frente ao camarote, por volta das 23h, ela ganhou a companhia da cantora Margareth Menezes, 46, com seu hit Oyá por Nós, que as duas fizeram em parceria. Logo depois, em homenagem a Carmen Miranda, cantou O Que É Que a Baiana Tem (mixada com a voz de Carmen e o som de o Bando da Lua), e Você Já Foi à Bahia?. Do trio, Daniela acenou para os pais, Antonio, 80, e Liliana, 70. ''Fico muito feliz de ver minha filha contribuindo para resgatar a cultura brasileira'', disse Liliana. E completou: ''Este ano é ainda mais especial porque eu e Antonio comemoramos 50 anos que nos conhecemos. E foi durante um Carnaval. Já são 50 carnavais juntos!''.

Grandes encontros também marcaram a noite de estreia de Daniela no Carnaval 2009. Ao passar em frente ao camarote Expresso 2222, cantou Samba da Bênção com Gilberto Gil,Caetano Veloso e a atriz e cantora Emanuelle Araújo (Banda Moinho), que a assistiam de camarote. Mais adiante, ela encontrou com Rogério Flausino, do Jota Quest, e fizeram um rock para os foliões.

Namorado presente
Outra alegria especial para Daniela foi a presença, pela primeira vez, do namorado, Marco Scabia, 33, ao seu lado no Carnaval de Salvador. Scabia não desgrudou da cantora, tanto no camarote quanto no trio elétrico. ''Estava louco para cair na avenida'', disse, mostrando-se carnavalesco.

Quem também não perdeu a chance de subir no trio foi a escritora americana Camille Paglia - no sábado e no domingo, dia em que Daniela voltou ao circuito com ar de roqueira: vestido de couro curtíssimo e repertório que incluiu sucessos da Jovem Guarda. Para a baiana, eram só elogios. ''Daniela é realmente muito melhor do que Madonna. Cada vez tenho mais certeza disso'', disse Camille, que no ano passado escreveu três artigos comparando as cantoras, nos quais sempre exaltou a brasileira.

terça-feira, 2 de junho de 2009

SAMBA EM 3 PASSOA

Resumo

Quem pensa que todo brasileiro sabe sambar está enganado. Nem todo mundo que nasce no País do Carnaval nasce com a ginga do samba. Veja as dicas para não passar vergonha na hora que os tambores rufarem. 



 

Passos


 


Passo inicial: coloque o pé direito na diagonal e o esquerdo um pouco atrás do pé direito também na diagonal. Encaixe o calcanhar do direito na lateral e no meio do pé esquerdo, formando um T. 

 


Execute os passos sempre contando em três tempos; 1, 2, 3. Tire o pé direito da frente do pé esquerdo e alterne, fazendo os mesmos movimentos com o outro pé. 

 


Treine este passo lentamente e vá aumentando a velocidade até entrar no ritmo do samba. Mexa os braços, solte os quadris e mostre toda a ginga sem vergonha de aprender. 



 






Lateral 
Vídeo
Samba básico
Samba lateral
Samba de gafieira

O passo lateral é uma das variações do passo básico do samba. É bastante aplicado em coreografias de axé.

Abre a perna para o lado direito, levantando levemente o joelho do mesmo lado (foto1). Junta com o pé esquerdo (foto2). Repete o mesmo movimento para o lado esquerdo: abre a perna para o lado esquerdo, levantando levemente o joelho do mesmo lado. Junta com o pé direito


 
Básico 
Vídeo
Samba básico
Samba lateral
Samba de gafieira

Este é o passo base do samba. A partir dele, você poderá usar a criatividade para improvisar as próprias variações:

Pé direito atrás e esquerdo à frente(foto1). Encosta o pé direito no pé esquerdo (foto2). Pé esquerdo atrás e direito à frente (foto3). Encosta o pé esquerdo no pé direito (foto4).

Dicas: solte bem os quadris o posicione os braços na altura da cintur

APRENDENDO A SAMBAR

Cai, cai no samba, cai... 
Vídeo
Samba básico
Samba lateral
Samba de gafieira

Para quem não é ruim da cabeça nem doente do pé, sambar é uma boa pedida para ajudar a entrar em forma. Numa aula (ou roda) de samba queimam-se cerca de 300 calorias, com a vantagem de você, além de entrar em forma, estar ao mesmo tempo, se divertindo.

Como os passos básicos de samba são bastante parecidos, basta aprender um deles para conseguir se virar numa roda de samba ou na passarela. Aqui você vai aprender o passo básico, o samba lateral e o samba de gafieira, para ser dançado a dois.

Então vá lá: aprenda a soltar os quadris e fazer bonito no Carnaval.

HISTORIA DO SAMBA

Origens do Samba, Significado, História do Samba e Principais Sambistas

O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho. Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente.

As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.
O primeiro samba gravado no Brasil foi  Pelo Telefone, no ano de 1917, cantado por Bahiano. A letra deste samba foi escrita por Mauro de Almeida  e Donga .
Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil. Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva  e Heitor dos Prazeres .
Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil, passam a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e compositores desta época são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze. 
Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc.
Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo Alves, Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo. 

Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo 
Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pois tem origem no maxixe. 
Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta elementos culturais afro-brasileiros. Com palmas e cantos, os dançarinos dançam dentro de uma roda. O som fica por conta de um conjunto musical, que utiliza viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.
No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as letras falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma amena e muitas vezes com humor.
Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças. Com influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.

Principais tipos de samba: 

Samba-enredo
Surge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas sociais ou culturais. Ele que define toda a coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba.

Samba de partido alto
Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido alto mais conhecidos são:  Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.

Pagode
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e ganhou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas. Os principais grupos são : Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular.

Samba-canção
Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Exemplo: Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto.

Samba carnavalesco
Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. exemplos : Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina, Cidade Maravilhosa entre outras.

Samba-exaltação
Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.

Samba de breque
Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários, muitos deles em tom crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo é Moreira da Silva .

Samba de gafieira  
Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra. Rápido e muito forte na parte instrumental, é muito usado nas danças de salão.

Sambalanço
Surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz.. Um dos mais significativos representantes do sambalanço é Jorge Ben Jor,  que mistura também elementos de outros estilos.

A HISTORIA


Henrique Bérgamo
Mamê, vocalista do Batom na Cueca, agita multidão em um dos seus shows

O Axé Music surgiu na Bahia na década de 1980, durante as manifestações populares do carnaval de Salvador.

O termo "axé" é uma saudação religiosa do candomblé e da umbanda, que significa energia positiva. Ao “axé” foi acrescentada a palavra inglesa “music” pelo jornalista Hagamenon Brito, para formar um termo que designaria pejorativamente música dançante com aspirações internacionais.

Mas a intenção não se concretizou e com o apoio da mídia, o ritmo rapidamente conquistou todos os cantos do país na forma de carnavais fora de época, as tradicionais micaretas.

Atualmente a indústria do Axé Music produz incontáveis sucessos, desde artistas consagrados que somam anos de estrada como Ara Ketu, Chiclete com Banana, Asa de Águia, Jammil, Ivete Sangalo, Netinho até os mais recentes como Claudia Leitte (ex-vocalista da conhecida banda Babado Novo, que hoje trilha carreira solo), Tomate (ex-vocalista do Rapazzola também em voo solo), Alexandre Peixe e Batom na Cueca, e sem esquecer, é claro, de grupos que fizeram sucesso, mas que hoje não estão tanto em evidência como Terrasamba, Gera Samba e É o Tchan.

Trio Elétrico

As micaretas que acontecem durante todo o ano em inúmeras regiões do Brasil são animadas pelos famosos “trios elétricos”, que são palcos montados em cima de caminhões onde as musas da Bahia, Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Claudia Leitte, e as bandas consagradas fazem a festa e arrastam multidões.

Para entender o surgimento do Trio Elétrico, é preciso voltar um pouco no tempo. Em meados de 1950, quando Dodô e Osmar começam a tocar frevo pernambucano em rudimentares guitarras elétricas em cima de uma Fobica (um Ford 1929), nascia assim o Trio Elétrico.

O álbum O Canto da Cidade deDaniela Mercury (foto) é considerado o responsável por levar o axé ao público brasileiro.

Axé é um gênero musical surgido no estado daBahia na década de 1980, durante as manifestações populares do carnaval de Salvador,que mistura Frevopernambucano, forróMaracatuReggae e Calipso, que é derivado do Reggae.

No entanto, o termo Axé Music é utilizado erroneamente para designar todos os rítmos de raízes africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que provém da Bahia. Sabe-se hoje, que nem toda música baiana é Axé, pois lá há o Olodum, um rítmo da África do Sul,Samba de Roda e Pagode produzidos por algumas bandas, Calipso (gênero muscial), proveniente do Pará eSamba-reggae, uma novidade.

A palavra "axé" é uma saudação religiosa usada nocandomblé e na umbanda, que significa energia positiva. Expressão corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi anexada à palavra da língua inglesa music pelo jornalista Hagamenon Brito para formar um termo que designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais.

Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou pelo país todo (com a realização de carnavais fora de época, as micaretas), e fortaleceu-se como indústria, produzindo sucessos durante todo o ano.

[editar]Guitarras elétricas

As origens do axé estão na década de 1950, quando DodôOsmar começam a tocar o frevo pernambucano em rudimentares guitarras elétricas (batizadas de guitarras baianas) em cima de uma Fobica (um Ford 1929). Nascia o trio elétrico, atração do carnaval baiano que Caetano Veloso chamou a atenção em 1968 na canção "Atrás do Trio Elétrico". Mais tarde, Moraes Moreira, dos Novos Baianos, teria a idéia de subir num trio (que era apenas instrumental) para cantar – foi o marco zero da axé music. Paralelamente ao movimento dos trios, aconteceu o da proliferação dos blocos-afro: Filhos de Gandhi (do qualGilberto Gil faz parte), BadauêIlê AiyêMuzenza,Araketu e Olodum. Eles tocavam ritmos africanos como o ijexá, brasileiros como o maracatu e o samba (os instrumentos eram os das escolas de samba do Rio) e caribenhos como o merengue.

Com a cadência e as letras das canções de Bob Marleynos ouvidos, o Olodum criou um rítmo próprio que misturava Axé, Música Latina, Reggae e também Música Africana, estilo com forte caráter de afirmação da negritude, que fez sucesso em Salvador dos anos de 1980com artistas como LazzoTonho MatériaGerônimo e aBanda Reflexus – as canções chegavam ao Sudeste em discos na bagagem dos que lá passavam férias. Logo,Luiz Caldas (do trio Tapajós) e Paulinho Camafeu tiveram a idéia de juntar o frevo elétrico dos trios e o ijexá. Surgiu assim o "Deboche", que rendeu em 1986 o primeiro sucesso nacional daquela cena musical de Salvador: "Fricote", gravado por Caldas. A modernidade das guitarras se encontrava com a tradição dos tambores em mistura de alta octanagem.

Uma nova geração de estrelas aparecia para o Brasil: LazzoBanda Reflexus (do sucesso Madagascar Olodum), SarajaneCid Guerreiro (do Ilariê, gravado por Xuxa), Chiclete com Banana (que vinha de uma tradição de bandas de baile, blocos-afro e trios elétricos), BandaCheiro de Amor (com Márcia Freire e Margareth Menezes, a primeira a engatilhar carreira internacional, com a bênção do líder da banda americana de rock Talking HeadsDavid Byrne). Pouco tempo depois, o Olodum estaria sendo convidado pelo cantor e compositor americano Paul Simon para gravar participação no disco The Rhythm of The Saints.

[editar]Guinada para o Frevo e Pop Rock

Aquela nova música baiana avançaria mais ainda na direção do pop em 1992, quando oAraketu resolveu injetar eletrônica nos tambores, e o resultado foi o disco Araketu, gravado pelo selo inglês independente Seven Gates, e lançado apenas na Europa. No mesmo ano,Daniela Mercury lançaria O Canto da Cidade, e o Brasil se renderia de vez ao axé. Aberta a porta, vieram Asa de ÁguiaBanda Eva (que nasceu do Bloco Eva e revelou Ivete Sangalo),Banda Mel (que depois assinaria como Bamdamel), Banda Cheiro de AmorRicardo Chaves e tantos outros nomes. A explosão comercial do axé passou longe da unanimidade. Dorival Caymmi reprovou suas qualidades artísticas, Caetano Veloso as endossou. Das tentativas de incorporar o repertório das bandas de pop rock, nasceu a marcha-frevo, que transformou sucessos como Eva (Rádio Táxi) e Me Chama (Lobão) em mais combustível para a folia.

Enquanto o axé se fortalecia comercialmente, alguns nomes buscavam alternativas criativas para a música baiana. O mais significativo deles foi a Timbalada, grupo de percussionistas e vocalistas liderado por Carlinhos Brown (cuja música "Meia Lua Inteira" tinha estourado na voz de Caetano), que veio com a proposta de resgatar o som dos timbaus, que há muito tempo estavam restritos à percussão dos terreiros de Candomblé. Paralelamente à Timbalada, Brown lançou dois discos solos – Alfagamabetizado (1996) e Omelete Man (1998), que com sua autoral incorporação de várias tendências do pop e da MPB à música baiana, obteve grande reconhecimento no exterior. Além disso, ele desenvolveu um trabalho social e cultural de alta relevância entre a população da comunidade carente do Candeal, com a criação do espaço cultural Candyall Guetho Square, o grupo de percussão Lactomia (para formar uma nova geração de instrumentistas) e a escola de música Paracatum.

Enquanto isso, os nomes de sucesso da música baiana multiplicavam-se: aos então conhecidos Banda EvaBamdamelAraketu (que em 1994 vendeu 200 mil cópias do disco Araketu Bom Demais), Chiclete com Banana e Cheiro de Amor, juntaram-se o ex-BeijoNetinho e os grupos Jammil e Uma NoitesPimenta N

Depois da década de 1990 a intitulada Axé Music perdeu forças para música internacional. Desta forma, os gêneros musicais brasileiros, até mesmo o pagode, saíram do sucesso máximo nas rádios, bares, restaurantes e clubes.

Os rítmos que compõem o movimento mercadológico da Axé Music continuam a existir, mas os lançamentos dos mais famosos artistas de Axé estão com poucas vendagens de discos e gravagens repetitivas. Paralelamente, surgiu uma nova manifestação musical no estado da Bahia que trouxe o samba de volta à música baiana, mas agora não na forma de samba-de-roda, mas uma mistura entre o samba, às vezes pagode, aliada à melodia reggae das músicas latinas e a presença do carácter de negritude com os atabaques na música. Osamba-reggae, como é chamado por artistas famosos, apesar de ter origem na Bahia, não é considerado Axé e sim um estilo da Música Popular Brasileira independente e inovador