quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Axé não morreu!




Nestes últimos anos tenho acompanhado o crescimento do pagode e do arrocha no cenário da música baiana e ouvido muitos críticos da mídia especializada afirmar que o Axé Music não causa mais impacto em Salvador.  Apesar de ter apenas 24 anos, tenho recordações deste segmento musical iniciado na década de 90, inspirado no samba reggae que era capitaneado na época pelo nosso saudoso Neguinho do Samba. O tempo foi passando e o Axé foi vivendo momentos em alta, outros em baixa.

Em 1992 com a canção “Canto da Cidade” a cantora baiana Daniela Mercury levou o Axé para o Brasil fazendo dele um fenômeno internacional. Após esse apogeu estrelas como Ivete, Claudia, Alinne caíram nas graças do público brasileiro e com o passar dos anos tem se consolidado no cenário da música popular brasileira. O carisma de Ivete, a performance da Claudia e o desempenho de Alinne tem segurando a atenção da mídia e do público que foi iniciado em 92. Não posso deixar de falar da importância de bandas como Chiclete e Asa que são considerados os dinossauros do Axé. O fato é que neste último final de semana eu decidi de última hora ir ao evento do Evalada para conferir os shows do grupo Eva e da Timbalada e ter uma percepção se de fato o Axé estava morto. O evento que acontece pelo segundo ano em Salvador tem a temática para o São João. Credenciamento para os amigos da imprensa não poderiam ser feitos devido o prazo e diferentemente dos eventos de pagode, com o Axé não há flexibilidade. Cheguei ao local do show e fui surpreendido com a informação de que os ingressos estavam esgotados e que apenas os cambistas tinham acessos equivalentes a R$ 150 na pista. Fiquei assustado e mesmo assim, com o famoso “jeitinho brasileiro” consegui acesso à festa.

Dentro do espaço me deparei com um público jovem, alegre, vibrante e feliz. O vocalista Denny fez um espetáculo à parte no comando da sua Timbalada. Foram cerca de 3 horas ininterruptas de apresentação, emocionando o público presente. Pensei comigo, o público não lembra mais de Patrícia, Ninha, Amanda, Xexéu, porque o menino conseguiu superar todos eles. Logo após foi a vez de Saulo Fernandes e sua banda Eva mostrar toda sua viagem. No ritmo do Carnaval o vocalista explorou as canções de Magary que hoje é a atual febre da cidade. O mais importante neste Evalada é que não visualizei nenhuma briga durante as seis horas que passei dentro daquela adrenalina. É meu caro... O axé vai muito bem porque há renovação.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A origem do Axé Music



Henrique Bérgamo
Mamê, vocalista do Batom na Cueca, agita multidão em um dos seus shows
O Axé Music surgiu na Bahia na década de 1980, durante as manifestações populares do carnaval de Salvador.
O termo "axé" é uma saudação religiosa do candomblé e da umbanda, que significa energia positiva. Ao “axé” foi acrescentada a palavra inglesa “music” pelo jornalista Hagamenon Brito, para formar um termo que designaria pejorativamente música dançante com aspirações internacionais.
Mas a intenção não se concretizou e com o apoio da mídia, o ritmo rapidamente conquistou todos os cantos do país na forma de carnavais fora de época, as tradicionais micaretas.
Atualmente a indústria do Axé Music produz incontáveis sucessos, desde artistas consagrados que somam anos de estrada como Ara Ketu, Chiclete com Banana, Asa de Águia, Jammil, Ivete Sangalo, Netinho até os mais recentes como Claudia Leitte (ex-vocalista da conhecida banda Babado Novo, que hoje trilha carreira solo), Tomate (ex-vocalista do Rapazzola também em voo solo), Alexandre Peixe e Batom na Cueca, e sem esquecer, é claro, de grupos que fizeram sucesso, mas que hoje não estão tanto em evidência como Terrasamba, Gera Samba e É o Tchan.
Trio Elétrico
As micaretas que acontecem durante todo o ano em inúmeras regiões do Brasil são animadas pelos famosos “trios elétricos”, que são palcos montados em cima de caminhões onde as musas da Bahia, Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Claudia Leitte, e as bandas consagradas fazem a festa e arrastam multidões.
Para entender o surgimento do Trio Elétrico, é preciso voltar um pouco no tempo. Em meados de 1950, quando Dodô e Osmar começam a tocar frevo pernambucano em rudimentares guitarras elétricas em cima de uma Fobica (um Ford 1929), nascia assim o Trio Elétrico.

Samba e axé dão ritmo às festas em Porto de Galinhas, PE, no feriado



Festas acontecem nesta sexta e no sábado, na boate Muru Muru.
Ainda haverá atrações tocando brega, sertanejo e música eletrônica.

Do G1 PE
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Alexandre Peixe é atração em Fortaleza na semana do Fortal 2012 (Foto: Divulgação)Alexandre Peixe se apresenta no Bahia Prime
(Foto: Divulgação)
Samba e músicas baianas vão dar o ritmo do feriado da Independência do Brasil, comemorado nesta sexta-feira (7), em Porto de Galinhas, no Litoral Sul pernambucano. Recifenses e turistas que têm como destino o balneário vão poder aproveitar as festas Vila do Samba Beach, nesta sexta, e Bahia Prime, no sábado (8). Os eventos acontecem em parceira entre produtores da capital pernambucana.

As boas-vindas ao verão acontecem na boate Muru Muru, na beira mar de Porto de Galinhas, em Ipojuca. No Vila do Samba Beach, as atrações vão do brega à música eletrônica: se apresentam as bandas Faringes da Paixão, Só na Marosidade e Axé Retrô, a dupla sertaneja Felipe e Gabriel e DJs Albino Malta e E-double. Até as 23h, a entrada é liberada apenas para as mulheres, que terão acesso livre a algumas bebidas.
Faringes da Paixão (Foto: Divulgação)Pernambucanos da Faringes da Paixão animam festa
(Foto: Divulgação)
Já a Bahia Prime traz o cantor Alexandre Peixe como grande atração. As bandas pernambucanas Fina Tonelada, Kaso Pensado, Madeira Delay, No Falo Americano e DJ E-double também vão animar a noite. O público ainda tem direito a open bar de uísque, espumante, vodca, cerveja, refrigerante e água. O preço do ingresso do Vila do Samba Beach é R$ 30 e do Bahia Prime é R$ 80. A casadinha custa R$ 100